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sábado, 24 de fevereiro de 2018

A Luz de Woody Allen

Eu havia deixado Woody Allen "em suspenso" por um tempo. Após as denuncias contra ele eu fiquei aguardando as cenas dos próximos capítulos e vendo no que ia dar, sem fazer pré julgamentos.
Decidi assistir 'Roda gigante' na telona e me surpreendi com um novo elemento no filme de Allen; a luz. É nítida a saturação um pouco exagerada propositalmente para nos fazer sentir o que o personagem está pensando. E é impressionante como a mesma luz que cintila o semblante e dá brilho nos olhos de um, expressa a loucura e insanidade de outro.
Além da luz, vale destacar a brilhante atuação de Kate Winslet, minha preferida de todas, e provavelmente, a motivação final que me levou até a sala de cinema. Ela merecia uma indicação ao Oscar 2018 por este papel. Mas foi penalizada junto com o diretor, que ainda não esclareceu as acusações contra ele.
Passadas algumas semanas, eu decidi assistir 'Café Society'. Novamente me surpreendi com a luz. Desta vez não tão óbvia, mas presente em 100% da cenas. Tornando rostos tenros ainda mais doces, tristezas ainda mais profundas, sorrisos largos mais abertos e o brilho nos olhos mais iluminados.


Kristen Stewart está mais linda do que numa e pasmem; eu vi uma ótima atuação ali. Também vi um Steve Carell dramático e em alguns momentos detestável. Impressionante, não?
Isso me fez lembrar Owen Wilson em 'Meia Noite Em Paris' transformado por Allen num belo mocinho romântico muito amável.
Woody Allen é mesmo um grande diretor.
Assim como nos seus filmes, gostaria de assistir alguma luz bela batendo sobre ele e refletindo um semblante angelical, mas...